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Em junho de 2024, mais de 340 mil e-mails foram enviados às lideranças da Câmara Federal pedindo que o requerimento de urgência para o PL1904/2024, conhecido como PL Antiaborto ou PL do Estupro, não fosse votado!
Este projeto pretende impedir o procedimento e criminalizar quem busca o aborto a partir da 22ª semana de gestação, em casos de estupro, afetando especialmente crianças e mulheres vítimas de violência, que muitas vezes chegam aos serviços de saúde, com gestações mais avançadas por não conseguirem antes: apoio, proteção e acesso.
A mobilização da sociedade nas redes foi imensa! Apesar disso, em 12 de junho, o regime de urgência desse PL foi aprovado em menos de 30 segundos em votação simbólica, sem que sua entrada na pauta sequer fosse anunciada pelo Presidente da Câmara, Deputado Arthur Lira, ou colocado no telão, como de praxe. Isso significa que ele pode ser votado a qualquer momento e aprovado pelo Plenário da Casa, sem passar por qualquer Comissão.
Mesmo depois de tanta mobilização pelas ruas do Brasil, uma menina vítima de estupro estava sendo obrigada a ser mãe pela Justiça de Goiás. Nos mobilizamos para dizer que não vamos admitir que nenhuma criança seja obrigada a ser mãe em nosso país! Depois de uma longa jornada, a interrupção da gestação foi possível e essa menina teve sua escolha e seu direito respeitados.